Professores do todo o país vão paralisar as atividades na próxima sexta-feira (14/3)

Professores do todo o país vão paralisar as atividades na próxima sexta-feira (14). O objetivo da greve geral é pressionar a aprovação, no Congresso, do Piso Salarial Profissional Nacional. A categoria também pede o reconhecimento dos funcionários das escolas como educadores, para terem direito ao piso, e a regulamentação da carreira dos trabalhadores em educação.

A presidente do Sindicato dos Professores Públicos Estaduais do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato), Simone Goldschmidt, explica que o piso irá ser estendido a educadores de todas as esferas. Assim, devem ser eliminadas as disparidades salariais entre professores municipais, estaduais e da União.

“Estabelecendo-se um piso, garante-se a valorização dos profissionais na educação, um investimento por parte do Estado, União e municípios na educação e também na valorização e na formação desses profissionais para que possamos ter uma educação que realmente faça a diferença”, diz.

A proposta da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) é de um piso de R$ 1050 para professores e funcionários com formação de ensino médio e R$ 1575 para nível superior, para 30 horas semanais. No entanto, o governo ofereceu, até agora, R$ 950 para formação em nível médio, com jornada de 40 horas por semana. O Rio Grande do Sul tem o quinto pior salário do país, com R$ 272, 70 de salário básico inicial. Para chegar ao mínimo, é concedido um corretivo salarial.

No Estado, as ações do dia 14 vão ser descentralizadas, ocorrendo nos núcleos das várias regionais do Cpers no interior. Estão previstas discussões com a comunidade e atos públicos. Além da reivindicação do piso, Simone adianta que as mobilizações gaúchas pretendem denunciar o descaso do governo Yeda Crusius com a educação. Neste ano, a Secretaria da Educação já ordenou o fechamento de mais de cem escolas, o que vem provocando protestos de professores e pais de alunos.