“Quero distância do governo. Me choca, mas não fico surpreso com o que tenho ouvido.”

O vice-governador do Rio Grande do Sul, Paulo Afonso Feijó (DEM), está chocado com o governo Yeda Crusius (PSDB) e quer distância do mesmo. A afirmação foi feita na manhã desta terça-feira (3), durante entrevista à rádio Gaúcha.

“Nesse momento, quero distância do governo. Me choca, mas não fico surpreso com o que tenho ouvido".

Feijó chamou de “burra” a “inteligência do Palácio Piratini” que o acusou de ter se reunido com integrantes do PSOL na véspera das acusações feitas pelo partido contra o governo Yeda:

“Essa dita inteligência do Piratini, se divulgou isso, para mim não é inteligente, é burra ou mal-intencionada porque eu nem ouvi o pronunciamento do PSOL. Na véspera do anúncio eu estava em férias em Punta del Este. É impossível estar no Palacinho com as pessoas do PSOL na véspera da coletiva”.

O fato de Feijó querer distância do atual governo e dizer que não fica surpreso com o que está acontecendo eleva em alguns graus a já alta temperatura política no Estado. Ontem, a governadora acusou a “extrema-direita golpista” (Feijó) e a “esquerda pseudorrevolucionária” (PSOL) de tramarem contra ela. Feijó contra-atacou hoje, evidenciando o clima de crise institucional que vive o Estado. O segundo mandatário político do Estado está chocado com o governo do qual faz parte. Que nome dar a isso?

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