Circuito Assufrgs sobre reforma da previdência realiza atividades no Vale e na Saúde

Dando sequência ao projeto Circuito UFRGS, a Assufrgs e CSPM Advogados realizaram encontros para debater a reforma da previdência nos campi saúde e vale da UFRGS. O primeiro encontro ocorreu no auditório da Fabico, no dia 17 de abril. Participaram da mesa Rafael Berbigier, coordenador da Assufrgs, Tatiana Calvete, representante do sindicato e o advogado Guilherme Monteiro.

No campus do vale a atividade ocorreu na manhã dessa quinta-feira (25) no centrinho, em frente ao IFCH. Mesmo com tempo chuvoso a atividade reuniu TAEs, trabalhadores terceirizados, estudantes e professores para juntos debaterem as consequências negativas da proposta do Governo Bolsonaro.

“As pessoas precisam entender que essa reforma ataca o aposentado, ataca as pessoas que já estão no mercado de trabalho e quem ainda quer entrar. O fim da aposentadoria com o projeto de capitalização, que está embutido nessa reforma vai acabar com a seguridade social, e sem ela não vai ter a garantia do estado, vai desonerar o empregador de contribuir com a previdência. Alias quando se fala em déficit da previdência estão jogando toda a culpa nos trabalhadores , como se fosse ele o criador do déficit, se ele existe, já que a CPI da previdência chegou à conclusão que a previdência é superavitária. O problema está exatamente nas grandes empresas que sonegam e devem suas partes.”, afirmou o Técnico-Administrativo Gabriel Focking.

“Nós podemos fazer eles recuarem se a gente conseguir disseminar os efeitos dessa reforma, que tudo o que é propagandeado pelo governo é mentira! Porque não é verdade que tem déficit, não é verdade que a reforma vai resolver os problemas do país, não é verdade que nós que trabalhamos somos o peso do país. Quem causa ônus ao país são os bancos que tiveram no último ano lucros altíssimos , essa é a carga pesada que nós estamos carregando. O problema não está nas aposentadorias, são os lucros do agronegócio, são empresários que devem milhões em sonegação à previdência.”, acrescentou a professora Bete Búrigo.

“Esta reforma traz algo grave, que é o modelo de capitalização. Em vez da contribuição solidária, onde empregados e empregadores contribuem para pagar a aposentadoria de quem já está aposentado, eles querem o modelo de capitalização, onde o trabalhador sozinho deixa de contribuir para o INSS, e dá o seu dinheiro ao banco em uma poupança individual, sem a certeza de que quando se aposentar esse dinheiro esteja com valor real corrigido e sem a segurança de receber”, destacou Ricardo Souza.

O coordenador da Assufrgs, Rafael Berbigier destacou a importância da participação da categoria nas atividades unitárias programadas para os próximos dias, como o 1º de maio, às 15h na Usina do Gasômetro e o dia de paralisação da educação em 15 de maio. Durante a atividade também foram recolhidas assinaturas do abaixo-assinado contra a reforma da previdência e panfleteação do material especial sobre a PEC, elaborado pelo sindicato. Os próximos encontros do Circuito da Assufrgs sobre a Reforma da Previdência ocorrem na UFCSPA, no dia 29 de abril, às 14h30min, no Hall de prédio 2; e no salão do ICBS, dia 08 de maio, às 14h.

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