Pressão da categoria garante abertura de debate sobre consulta para reitor na UFRGS

Desde o início desta semana, cartazes de “Lute pela Paridade” e “Eu defendo democracia, paridade, a universidade” começaram a surgir nos campi e prédios da UFRGS. Isso porque ainda não se tinha notícias do debate sobre a consulta para reitor, anunciado nas falas da Reitoria para a próxima quarta-feira (18). A ação da Assufrgs surtiu efeito: na tarde de quarta-feira, a Coordenação foi convidada para uma reunião na manhã de hoje com a reitora em exercício Jane Tutikian e o chefe de gabinete João Roberto Braga de Mello

Reunião ocorreu na manhã desta quinta-feira (12)

Formato

9h30min – Mesa com o Secretário Executivo da Andifes, Gustavo Balduino, e entidades da comunidade universitária
O representante da Andifes vai dar um panorama de como está a questão das eleições para Reitor nas demais Ifes do país.
15 minutos de fala para cada participante, após 30 minutos de intervenções da plateia.

14h30min – Legislação e histórico das eleições na UFRGS
Mesa: professor e procurador-geral da UFRGS Saulo Pinheiro Queiroz Professor e Diretor da Faculdade de Direito Danilo Knijnik 
Professor e Pró-Reitor de Graduação Celso Loureiro Chaves
30 minutos de fala para cada participante, após 30 minutos de intervenções da plateia.

Segundo a reitora em exercício, o painel da tarde terá um caráter “informativo”, sem posicionamento. Toda a comunidade será chamada a participar dos dois eventos, com validação do abono para TAEs. De acordo com Jane Tutikian, este será o início dos debates sobre o assunto, que devem seguir em 2020.

Avaliação inicial da Assufrgs

Debate tardio – A Coordenação entende que este debate começou tarde, no “apagar das luzes” de 2019, e numa época em que a Universidade começa a se esvaziar. Lembramos que viemos demandando desta gestão a abertura do debate – uma promessa da campanha – desde 2017. 

Faltou participação das entidades – Na nossa avaliação, o debate seria melhor construído se tivesse a participação das entidades na organização. Por isso, a Assufrgs vai buscar as demais entidades para organizar debates voltados à comunidade universitária.


Falta de diversidade no painel jurídico – Conhecemos a interpretação dos convidados para o painel da tarde, devido às discussões ocorridas nos outros anos. Porém, esta interpretação jurídica não é majoritária e a Assufrgs poderia indicar pessoas da área que defendem a legalidade da paridade. Esta preocupação foi colocada na reunião, ao que a vice-reitora informou que outras interpretações poderão ser colocadas dentro dos 30 minutos de debate com a plateia.

Paridade é democrática e legal – A paridade é um avanço para a democracia interna. E é uma necessidade ainda maior em um momento em que a comunidade terá que defender a Universidade e pressionar para que o nome indicado seja nomeado pelo Governo Federal. A paridade também é legítima do ponto de vista legal. Aliás, até mesmo o governo Bolsonaro reconheceu a legalidade da paridade, na mais recente Nota Técnica do MEC.

Lotar o Salão de Atos dia 18/12! – Apesar de todos os “poréns”, a coordenação da Assufrgs entende que é importante que este debate esteja começando. A iniciativa dos TAEs organizados junto à Assufrgs foi fundamental para concretizar a atividade do dia 18, que põe em pauta na UFRGS o debate sobre democracia interna.  A Assufrgs convoca PARALISAÇÃO da categoria para o dia 18!

Chamamos toda a comunidade universitária que defende a democracia, a paridade e a universidade a estar em peso nesta atividade!

Eu defendo a democracia, a universidade, a paridade!
Democracia começa em casa!
Paridade Já!

Confira algumas fotos dos cartazes espalhados pela categoria: