Bolsonaro edita MP que permite a Weintraub escolher interventores para a reitoria de universidades federais durante a pandemia

Bolsonaro quer aproveitar a pandemia para colocar interventores na reitoria das universidades! Na semana em que estamos reforçando a necessidade de paridade e democracia interna na UFRGS, para consulta à reitoria, uma MP do governo suspende consultas por pelo menos 120 dias, dando pleno poder de escolha para o Ministro Weintraub! Absurdo!

Não vamos aceitar nenhum interventor! Vamos mobilizar a comunidade universitária para, unida, defender a autonomia e democracia das universidades e institutos federais. Nosso total repúdio à MP publicada na edição desta quarta-feira (10) do “Diário Oficial da União” (DOU) e que já está em vigor.

“Não haverá processo de consulta à comunidade, escolar ou acadêmica, ou formação de lista tríplice para a escolha de dirigentes das instituições federais de ensino durante o período da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da pandemia da Covid-19”, diz o texto.

A medida provisória abre caminho para a intervenção em pelo menos 17 universidades federais. Entre elas, a UFRGS, a UnB e as federais do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná e Piauí (veja a lista completa). A intervenção também atinge de forma imediata quatro institutos federais – IFFAR, IFMA , IFRR e IFNMG. Nessas instituições o mandato dos reitores se encerra até dezembro, período em que o país ainda estará sob estado de calamidade pública em decorrência da pandemia de covid-19 e as universidades e IFs estarão sujeitos às nomeações feitas por Weintraub. 

A Coordenação da Assufrgs divulgou nota de repúdio à MP. Confira também a nota conjunta das entidades da educação: ANDES-SN | ANPG | FASUBRA-Sindical | FENET PROIFES | SINASEFE | UBES | UNE. As entidades representativas de estudantes e trabalhadores da UFRGS se manifestaram em defesa da democracia, da unidade e da paridade.

As bancadas do PSOL, PCdoB, PT, PSB, PDT e Rede protocolaram na manhã de hoje um ofício cobrando do presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (Democratas), a devolução da MP 979.

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