UFRGS discute consulta paritária nesta sexta

Nesta sexta-feira (12/06), a comissão especial vai apresentar ao Conselho Universitário da UFRGS a proposta de Assento Eleitoral para a escolha do novo Reitor ou Reitora da Universidade. Além dos anti democráticos 70/15/15, vai estar em pauta a proposta democrática, pela paridade.

Na Comissão de Assento eleitoral, a votação sobre a possibilidade de consulta informal e paritária foi apertada, com diferença de apenas um voto (não computado, ficando 4×3). Prevaleceu o encaminhamento da comissão por uma consulta formal e antidemocrática – com peso de 70% para os docentes, 15,% para os técnico-administrativos em educação e 15% para os estudantes. 

Em razão disso, o conselheiro e integrante da Comissão Eleitoral Rui Muniz, representante dos técnico-administrativos em educação, encaminhou uma proposta onde defende um processo de consulta democrático, ou seja, paritário. Também incluiu a proposta que todos os aposentados possam votar. O documento foi construído coletivamente e conta com o apoio de conselheiros do Consun da bancada dos técnico-administrativos em educação, estudantes, professores e Diretores de Unidade, que haviam encaminhado requerimento à comissão defendendo a consulta paritária.

Parecer divergente

Chamado de parecer divergente, a proposta de Assento Eleitoral com a proposta de consulta paritária cumpre todas as leis e regramentos vigentes e se baseia em análise jurídica já divulgada pela ASSUFRGS (leia em: Paridade na UFRGS: a saída legal e necessária na defesa da Universidade). Além disso, defende uma proposta de consulta democrática, em oposição às consultas que têm ocorrido nos últimos anos na UFRGS onde, na prática, a votação entre o segmento docente é a que decide o pleito.

Para a ASSUFRGS, a paridade sempre foi uma necessidade em uma Universidade que pretende valorizar o conjunto da comunidade universitária. No governo Bolsonaro, a paridade é imprescindível: diante das reiteradas tentativas intervenção (sendo a mais recente a MP 979), a comunidade deve estar unida para defender a nomeação daquele que foi legitimamente eleito. E isso somente será possível se todos os segmentos forem ouvidos!

Por isso, nesta sexta, vamos nos manifestar em defesa da autonomia, da democracia, contra a intervenção e contra a MP 979. E chamamos a todos os conselheiros a defenderem esses princípios conosco, votando a favor da realização da consulta informal paritária!

Confira a apresentação do parecer divergente do conselheiro Rui Muniz

Confira a proposta de Assento Eleitoral com consulta eleitoral paritária e voto de aposentados.

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