Em reunião, ASSUFRGS alerta Reitoria da UFCSPA sobre prejuízos da IN65 à categoria
Nesta terça-feira (11) a Coordenação da ASSUFRGS esteve reunida com a Reitoria da UFCSPA para tratar de temas importantes à categoria. Participaram do encontro virtual, representando a administração da universidade, Lucia Campos Pellanda (Reitora), Jenifer Saffi (Vice-Reitora), Magno Carvalho de Oliveira (Chefe de Gabinete), Fernando Gavron (substituto da Pró-Reitora de Gestão com Pessoas), Isadora Farias dos Santos e Priscila Nogueira (DAP). Pela ASSUFRGS participaram Andréia Duprat (representante TAE da UFCSPA), Frederico Bartz, Maristela Piedade e Ricardo Araújo (Coordenadores da Assufrgs).
A Reitora da UFCSPA manifestou preocupação com o cenário de cortes nas universidades federais, com o exemplo da UFRJ, e com o prolongamento da pandemia. Segundo ela, a instituição vem apresentando uma posição de planejamento, para evitar ações precipitadas de retorno ao trabalho presencial.
A representante da PROGESP tratou do tema da IN 65, informando que vem sendo discutido na Andifes/Forgepe os parâmetros e métricas de gestão de desempenho a nível nacional.
A coordenação da ASSUFRGS reafirmou a posição de defesa das universidades públicas e do Serviço Público. Os representantes do sindicato destacaram que a Instrução Normativa (IN) não tem força de lei e as universidades têm autonomia para aderir ou não, além disso, o trabalho remoto realizado em tempos de pandemia é diferente do teletrabalho previsto na IN 65, que acarretaria em mudanças nas relações e nas condições de trabalho da categoria.
O teletrabalho está vinculado à adesão do programa de gestão baseado em produtividade e entregas com metas quantitativas, cuja mensuração é bastante complexa devido à diversidade de estrutura e da natureza do trabalho nas IFES. Para o sindicato, há necessidade de ampla discussão e possíveis consequências temerárias, principalmente em tempos em que é discutida no Congresso Nacional a PEC32,que entre outras coisas, facilita a demissão por insuficiência de desempenho.
A gestão da UFCSPA reconheceu as imprecisões e os problemas na proposta da IN65 e disse que fará discussões com a comunidade interna antes de deliberar a respeito da IN. O sindicato ressaltou que percebe os benefícios possíveis das novas tecnologias e do teletrabalho, mas alertou administração que não deve haver prejuízos aos direitos e às relações de trabalho da nossa categoria.