Entidades da educação apontam necessidade de unidade para uma greve geral dos SPFs exitosa

Entidades da educação e do movimento estudantil reuniram-se no último sábado (21/05) em uma grande reunião do setor para construir a greve geral de forma unificada e uma pauta de reivindicações conjunta. A reunião foi realizada de forma híbrida, virtual e também presencial em Brasília/DF, no San Marco Hotel. Além de coordenadores e coordenadoras da Direção Nacional (DN) da FASUBRA, sete entidades de base tiveram direito a fala. As entidades escolhidas por meio de sorteio foram: Aptafurg, Sintufsc, Sindifes, Sintufscar; SindtifesPA, Sintufejuf, SintetUFU.

A Reunião Ampliada Unificada da Educação foi organizada pela FASUBRA Sindical, ANDES-SN e SINASEFE e definiu uma pauta unitária que será protocolada no MEC (Ministério da Educação) ainda esta semana. A reunião apontou os demais encaminhamentos: solicitar reunião com o ministro da Educação e as entidades; participar de forma unificada do ato do FONASEFE no dia 31/05; organizar uma jornada de lutas para a primeira quinzena de junho e realizar reuniões com as entidades da educação federal (ANDES, SINASEFE, DCEs e APGs) nos estados.

Na abertura, a Direção Nacional da FASUBRA avaliou que é histórico as entidades da educação retomarem o processo de realizar atividades conjuntas e que só unidos conseguirão derrotar o governo Bolsonaro, que tem na sua centralidade o desmonte da educação brasileira, o ataque ao ensino, o ataque à pesquisa e todo um processo preparatório para a reforma do estado brasileiro. Na ocasião, a DN da FASUBRA lembrou que embora já tenha posição de sua plenária desde dezembro 2021 sobre o tema, há um descompasso entre as entidades.

A Federação esclareceu que desde fevereiro apontava a necessidade da construção de uma greve unificada, no mínimo, da educação nas reuniões das entidades que compõem o FONASEFE. As demais entidades, no entanto, sempre apontaram dificuldades em construir a greve naquele período. A FASUBRA então, por entender que a derrota da política de desmonte do estado do governo Bolsonaro passa pela construção de uma greve unitária do segmento, manteve a posição de seguir o calendário unificado do Fórum dos SPF. E reforçou que mesmo o SINASEFE apontando a deflagração de sua greve no último dia 16/05, o ANDES ainda não conseguiu construir condições suficientes para apontar uma data conjunta.

A DN da FASUBRA destacou que apenas uma greve da Federação e do SINASEFE não mudará o quadro para derrotar o governo e conseguir a recomposição salarial. Na sua avaliação, a medida também colocará as entidades em situação desvantajosa frente aos ataques do governo. Diante desse descompasso das entidades, a Plenária Nacional dos dias 3, 4 e 5 de junho cumprirá um papel importante para definir estratégias de atuação nos próximos meses. Os representantes das entidades da educação federal em reunião na semana passada em conjunto com as entidades do movimento estudantil acertaram a agenda de mobilização em junho e também discutiram ações coletivas de pressão junto ao MEC.

A ASSUFRGS Sindicato reforça a necessidade de unidade para a realização de uma greve que seja vitoriosa e conquiste uma reposição á altura das perdas inflacionárias, ainda no segundo semestre deste ano e para 2023. Informamos à categoria que a ASSUFRGS estará presente com delegação na plenária nacional da FASUBRA. Após a definição de nossa federação, realizaremos um chamado aos TAEs da UFRGS, UFCSPA e IFRS para dar o informe das decisões tiradas em Brasília e próximos passos da luta pela reposição salarial e pela defesa da educação pública, contra o desmonte do estado imposto pelo desgoverno Bolsonaro.

Confira como foi a Reunião Ampliada Unificada na íntegra:

Fonte e foto em destaque: FASUBRA Sindical