Corte atrás de corte! Bolsonaro bloqueia mais de 3 bilhões no orçamento do MEC

Mais uma vez a educação pública é alvo das perversidades do governo Bolsonaro. Neste final de semana (27), o presidente estabeleceu um corte de R$ 3,2 bilhões no orçamento de 2022 do MEC (Ministério da Educação).

O valor representa 14,5% no orçamento discricionário de cada universidade, instituto ou entidade ligada ao MEC. O corte também vai impactar o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).

Essa ação danosa à educação foi tomada com a justificativa de abrir espaço ao reajuste salarial dos funcionários públicos e arcar com o aumento das despesas obrigatórias. Entretanto, a categoria nunca sugeriu retirar da educação para custear o reajuste, os servidores, sempre apresentaram diversas alternativas e fontes de onde retirar verba para tal implementação. Se o presidente abrisse uma mesa de negociação com o funcionalismo público, teria encontrado uma forma mais vantajosa de recompor o salário dos trabalhadores e sem prejudicar os estudantes. Mas isso claramente não é a prioridade dele.

O governo Bolsonaro mais uma vez busca colocar as classes umas contra as outras, retirando de um lado, para colocar no outro. Sempre tapando o sol da crise com uma peneira. A ASSUFRGS é contra os cortes na educação e segue na campanha salarial exigindo a recomposição inflacionária de 19,99%.

O governo ainda não publicou o decreto que oficializa os bloqueios. Isso deve ocorrer até o fim do mês. De acordo com a mensagem obtida pela Folha de S. Paulo, o MEC foi informado do tamanho no corte na quinta-feira (26).

CHEGA DE CORTES NA EDUCAÇÃO! FORA BOLSONARO!

Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles