Cesta básica tem acúmulo de 12,55% nos últimos 12 meses, segundo Dieese

Nesta semana, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgou os resultados da cesta básica de agosto de 2022. Na capital gaúcha, embora os números apontem uma queda de 63% no valor da cesta básica, essa redução nem sequer é percebida pelo trabalhador, uma vez que, de janeiro a agosto, houve uma alta de 9,54%, e nos últimos doze meses de 12,55%.

Atualmente, o preço da cesta básica está em R$ 748,06. É necessário 66,73% do valor total do salário mínimo para adquirir a cesta. Uma pessoa precisa trabalhar 135 horas e 47 minutos para custeá-la. Trabalhar meio mês apenas para comprar alimento. O Diese ainda informa que, um salário mínimo com valores a cima da inflação, deveria ser de R$ 6.298,91 ou 5,2 vezes o mínimo de R$ 1.212.

A pesquisa leva em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Servidores públicos federais não recebem reajuste salarial desde 2017, e a inflação sobe mês a mês, reduzindo o poder de compra da classe trabalhadora e precarizando os serviços dos mais diversos setores. Desde 2021, SPFs vêm articulando uma campanha salarial exigindo o reajuste, mas o governo se nega a negociar com a categoria até o momento.

Foto: Metropole