Bolsonaro inelegível é alívio, mas não o fim da luta contra a extrema direita

Por maioria (5 votos a 2), o Tribunal Superior Eleitoral aprovou nesta sexta-feira (30) a inelegibilidade de Jair Bolsonaro por 8 anos, a contar do pleito de 2022. Sendo assim, o ex-presidente não poderá concorrer nas eleições municipais, estaduais ou federais até 2030. Um alívio para o povo brasileiro, que se vê livre do político que espalhou ódio e desinformação durante mais de 30 anos como parlamentar e que ao assumir a presidência da república nas eleições de 2018 afundou o país em uma crise econômica e social.

Apesar da inelegibilidade do mentor do Bolsonarismo, a versão tupiniquim da extrema direita reacionária se instalou com força no país e está longe de acabar. Mesmo sem poder participar da eleição, Bolsonaro segue livre e continuará engajado na vida política, influenciando candidaturas da extrema direita. O plano do PL, partido do hoje inelegível, prevê conquistar mais de 1.000 prefeituras em 2024. Ou seja, cabe aos movimentos sociais impedirem que o extremismo se enraíze pela administração pública de todo o país. Não à toa, deputados federais bolsonaristas já articulam um projeto de lei para anistiar Bolsonaro da decisão recém tomada pelo TSE e outros políticos que recentemente foram condenados pela justiça eleitoral.

Para além da inelegibilidade, é necessário que Bolsonaro seja punido por seus diversos crimes! São ao menos 25 investigações em curso, entre elas: a condução criminosa da pandemia e o incentivo e envolvimento ao golpe de estado que culminou no 08 de janeiro de 2023. Seguiremos na luta por justiça! Sem anistia, Bolsonaro na cadeia!

Foto: Sergio Lima/Poder360