Assembleia Geral da ASSUFRGS aprova luta por carreira/salário, paridade e destituição do interventor

Na tarde dessa quinta-feira (10), dia Nacional de Paralisação nas Universidades e Institutos Federais , a ASSUFRGS Sindicato realizou Assembleia Geral no Auditório da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS para debater as pautas que serão linha de frente na luta da categoria no próximo período. A mesa foi composta pelos coordenadores Tamyres Filgueira, Ricardo Souza e Erick Vaz.

Conjuntura e reajuste salarial

Os colegas debateram a conjuntura, que conta com andamento de uma negociação nacional do Fonasefe junto ao Governo Federal, através de uma Mesa de Negociação Permanente. No dia da Assembleia ocorreu em Brasília uma nova rodada dessa negociação salarial, onde o governo não apresentou uma contraproposta efetiva para a reivindicação de reajuste de 15% para 2024. O governo se limitou a informar que devido a ainda não aprovação do Arcabouço Fiscal não é possível calcular a quantidade exata de reajuste que abriria no orçamento.

Para a coordenação da ASSUFRGS o andamento lento das negociações com o governo, tanto na pauta de impacto financeiro, como nas demais pautas (revogaço de decretos/INs e melhorias na carreira), demonstram que é necessário ampliar a mobilização nacional para pressionar.

Foi consenso entre os colegas da categoria a importância de ampliar a mobilização por reajuste, já que a LOA 2024 deve ser apresentada até o final de agosto.

Paridade e Destituição

O segundo ponto de pauta foi sobre a situação da destituição da reitoria interventora na UFRGS e a luta por paridade na consulta à reitor na UFCSPA e UFRGS. A coordenadora-geral Tamyres Filgueira, integrante do CONSUN, detalhou o andamento das comissões instaladas no conselho para avaliar os dois casos. Ambas comissões são paritárias e devem ter o seu parecer apresentado ao plenário até o final de agosto, mais tardar no início de setembro.

Após as intervenções dos demais colegas da base, a Assembleia entendeu que a conjuntura se mostra favorável tanto para a implementação da paridade, uma pauta histórica da categoria, como pela destituição do reitor Carlos André Bulhões, já que existe materialidade sobre as irregularidades cometidas por ele nestes anos à frente da universidade. Também foi aprovada a intensificação da luta da categoria nestes dois pontos.

Confira os encaminhamentos da Assembleia Geral

  • Ampliação da luta pela campanha salarial 2024, pelo revogaço de decretos e INs do governo Bolsonaro que impactaram os servidores públicos e aprimoramento da carreira
  • Fazer a defesa da reposição salarial não somente no cálculo das perdas do último período, mas também de ganho real em cima do índice do salário mínimo
  • Mobilização de resistência contra a PEC 32 – Reforma Administrativa desde já e pressionar junto ao governo a retirada dessa pauta no Congresso Nacional
  • Intensificar a pauta local pela recomposição do Conselho de Representantes e Conselho Fiscal da ASSUFRGS, que tem previsão de eleição neste segundo semestre do ano.
  • Luta pela paridade na UFRGS e UFCSPA
  • Luta pela destituição da reitoria interventora na UFRGS
  • Articular uma bancada do CONSUN e CEPE pela paridade e destituição da reitoria.
  • Fazer a luta contra a perseguição da atual reitoria contra trabalhadores e estudantes da UFRGS
  • Articular uma comissão de parlamentares gaúchos em apoio à destituição, contra a política de perseguição da atual reitoria, pelo fim da lista tríplice e pela paridade; construção de um grande ato (proposta de local Salão de Atos)
  • Diálogo junto aos diretores e conselhos das unidades da UFRGS para somar à mobilização e defesa pela destituição e paridade
  • Moção de repúdio ao encerramento das turmas de EJA nas escolas estaduais do RS
  • Moção de repúdio ao apoio da PROIR UFRGS ao desmatamento do parque Harmonia

Na sequência, foi realizada Assembleia de Filiados, que aprovou uso do Fundo de Greve para intensificar a luta deste próximo período.

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