Lançamento do livro “Pé no chão! Na construção e defesa da EJA pública e popular” ocorre dia 01º de setembro, no Simpa

O livro “Pé no chão! Na construção e defesa da EJA pública e popular” é um projeto coletivo, independente e auto-organizado por um grupo de educadores/as, pesquisadores, militantes e ativistas da Educação de Jovens e Adultos em Porto Alegre. O livro em versão física e em e-book terá seu lançamento presencial na próxima sexta-feira, dia 01º de setembro, às 18h30min, na sede do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre, SIMPA, na Rua João Alfredo, 61.

Na oportunidade, haverá um ato político cultural com presença da ASSUFRGS, que é apoiadora da inciativa, sessão de autógrafos e um conjunto de atrações musicais. As atrações culturais confirmadas são: Michelle Cavalcanti, Tambores de Freire e Evandro Alves.

Um dos organizadores da obra, César Rolim, professor de história na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre e servidor técnico-administrativo na UFRGS, ressalta a “importância de iniciativas coletivas como esta, que se insere na defesa da escola pública, gratuita, laica e de qualidade – na contramão das políticas  neoliberais que visam o Estado mínimo!” Rolim também destaca como fundamental “a solidariedade e as alianças no campo democrático e popular, fortalecendo as lutas da nossa classe”.

O prefácio do livro, escrito pela Profa. Dra Analise Silva (UFMG) revela o grande desafio em relação à modalidade. Segundo ela, a partir de dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) de 2021, no Brasil são 88 milhões de pessoas, ou seja, 43% da população que são sujeitos de direito constitucional à EJA. “Temos 11 milhões de pessoas com 15 anos ou mais de idade não alfabetizadas; outros 52 milhões com 15 anos ou mais de idade que ainda não concluíram o Ensino Fundamental, e mais 22 milhões com 18 anos ou mais de idade que não concluíram o Ensino Médio. Apenas 3 milhões e duzentos mil estão matriculadas.”

Para Marco Mello, que além de ser um dos organizadores, também tem produção na obra: “É preciso responsabilizar os gestores da política pública para atender o preceito legal: a obrigatoriedade de realização de censos periódicos para levantamento da demanda potencial da EJA no território, a ampla divulgação pública, o chamamento e o estímulo ao retorno aos estudos e é claro, a ampliação do atendimento: criação de escolas, turmas especificas, provimento de recursos humanos e formação qualificada em serviço”.

Pé no chão! Na construção e defesa da EJA pública e popular

O trabalho reúne 18 produções com participação de 42 educadoras(es) das escolas e das universidades públicas (UFRGS e UERGS) que trabalham com a EJA na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre. A obra, de 254 páginas, reúne produções que englobam temas como o Mapa da EJA em Porto Alegre, diagnóstico da demanda potencial, planejamento da política pública, Plano Municipal de Educação, financiamento, matriculas, história da modalidade, alfabetização nas Totalidades Iniciais, experiências e relações universidade-escola, organização curricular, política cultural, legislação, lutas associativas, inclusão, população em situação de rua, ensino remoto sob a pandemia e perspectivas de continuidade dos estudos no Ensino Médio e profissionalização.

Foto em destaque: Alexandre Costa