Novembro Negro na UFRGS: confira a programação

A programação do Novembro Negro da UFRGS está repleta de arte, reflexão, cultura, ancestralidade, pertencimento, música, empoderamento, dança, poesia, coletividade, troca de experiências e partilha de conhecimento. A partir da temática “Encontrei minhas origens…” em homenagem ao poeta da consciência negra brasileira, Oliveira Silveira, estão previstas mais de 50 atividades em vários campi da Universidade.

A página www.ufrgs.br/novembronegro reúne a programação detalhada, que iniciou ainda em outubro e segue até dia 14 de dezembro, e inclui a já tradicional Foto Coletiva dos Negros da UFRGS, no dia 20, às 12h.

O Novembro Negro é uma ação do Núcleo de Estudos Africanos, Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI), certificado pela Pró-Reitoria de Extensão, e unifica os eventos organizados na Universidade para fortalecer a luta pela equidade étnico-racial no ambiente acadêmico. O coordenador do NEABI, professor Alan Brito destaca que o Novembro Negro é efeméride viva, afetuosa e politicamente bem situada no calendário da UFRGS. Segundo ele, trata-se de aquilombamento epistêmico para não somente recuperar o passado, mas celebrar no presente a “consciência negra”. “Celebramos, nestes encontros, os nossos ancestrais para reafirmarmos o nosso compromisso ético com as mudanças e com o estabelecimento de um outro projeto de sociedade para todas e todos nós”, afirma Brito.

Este ano, entre muitos eventos que reafirmam a importância das pessoas pretas e pardas na Universidade, bem como a urgência de descolonizar o pensamento acadêmico trazendo bibliografias e temáticas que deem conta da diversidade do Brasil, os organizadores destacam a outorga do título de Doutor Honoris Causa in memoriam ao poeta e negro Oliveira Silveira, que ocorrerá no dia 20 de novembro, com transmissão ao vivo no Salão de Atos da UFRGS.

Wagner Machado, coordenador do Novembro Negro da UFRGS, avalia que o mês é de resistência, já que o racismo estrutural age fortemente na sociedade, mas também de celebração, já que no âmbito nacional foi revisada e ampliada a lei de cotas na graduação. Segundo o técnico administrativo, este ano, embora tardiamente, a UFRGS instituiu o programa de ações afirmativas para mestrado, doutorado, especializações e residências para grupos históricos e socialmente discriminados. “É inegável que conseguimos melhorias, mas há muito mais por fazer e nenhuma conquista ocorre apenas por boa vontade dos gestores, grupo composto massivamente por pessoas brancas. Todos os avanços são fruto da luta coletiva”, resume Machado.

Mais informações pelo e-mail novembronegro@ufrgs.br.

Fonte: UFRGS NOTICIAS