Valorização do salário e da carreira é tema de Seminário da ASSUFRGS no dia nacional de luta

Nesta quinta-feira (22), a ASSUFRGS Sindicato promoveu o Seminário Carreira e Campanha Salarial dos trabalhadores da UFRGS, UFCSPA e IFRS. O evento teve início às 9h, no Auditório do Prédio 3 da UFCSPA, e proporcionou uma análise profunda sobre as perspectivas e desafios enfrentados pelos trabalhadores das universidades e institutos federais. A atividade fez parte do Dia Nacional de Luta da categoria, que contou com movimentos paredistas em mais de 30 instituições por todo o país. a UFRGS, UFCSPA e IFRS também registraram a adesão de colegas à paralisação de 24h.

O seminário contou com a participação do economista David Deccache, do servidor da UFRGS, integrante do GT Carreira da ASSUFRGS, Arthur Bloise, e da Coordenadora da ASSUFRGS, Maristela Piedade. Cada palestrante trouxe uma contribuição valiosa para o debate, abordando diferentes aspectos relacionados à carreira e às negociações salariais dos trabalhadores dessas instituições.

David Deccache, compartilhou uma análise detalhada do cenário econômico atual, dos desafios enfrentados pela categoria daqui para frente e seu impacto nas políticas salariais do setor público. “Então a gente tem que acordar para luta que é estrutural, que não devemos abandonar, porque se não, as carreiras já eram, vão ser destruídas totalmente. E esse é o plano de mercantilização, destruir os serviços públicos”.

Arthur Bloise trouxe uma perspectiva mais específica, contextualizando a proposta de carreira e destacando os desafios enfrentados pelos profissionais técnico-administrativos da educação, particularmente no contexto das demandas crescentes e da necessidade de reconhecimento profissional. “No caso dos técnico-administrativos em educação, porque muito embora tu faças ‘de um tudo’ dentro da universidade, a gente continua no mesmo cargo. A gente entra e sai da universidade, se aposenta no mesmo cargo. A Fasubra defendia que a gente pudesse se qualificar e através de um concurso interno se pudesse ter uma ascensão”.

Maristela Piedade, como representante da coordenação do sindicato, discutiu as estratégias da ASSUFRGS para a negociação coletiva e os principais pontos da campanha salarial em andamento. “Tem colegas ainda da base que não sabem ou não tem pleno conhecimento do que está sendo discutido da própria carreira e isso é muito preocupante, porque é a nossa jornada dentro da instituição. Então, precisamos nos apropriar disso. Momentos como o de hoje são fundamentais”.

Após as intervenções dos convidados, o debate foi aberto para que todos ali presentes pudessem contribuir com a discussão. Tamyres Filgueira, Coordenadora geral da ASSUFRGS, ressaltou que discutir questões salariais e de carreira vai além dos aspectos monetários. Segundo ela, fortalecer os serviços públicos é fundamental, destacando que não se trata apenas de salário, mas também da valorização do funcionamento desses serviços.

A atividade proporcionou um espaço importante para a troca de experiências, reflexões e proposições de ações futuras. Questões como valorização profissional, condições de trabalho e políticas de remuneração foram debatidas, evidenciando a relevância e a necessidade de uma mobilização contínua em prol dos direitos e interesses dos trabalhadores das universidades federais.

O seminário encerrou-se com um sentimento de engajamento e fortalecimento da luta coletiva, reafirmando o compromisso dos participantes em buscar melhorias significativas nas condições de trabalho e na valorização das carreiras dos profissionais das instituições federais de ensino.

O seminário foi gravado e pode ser assistido no Canal do Youtube da ASSUFGRS Sindicato:

Atividade no Campus do Vale

No mesmo dia, a tarde, uma manifestação tomou forma no Centrinho do Campus do Vale da UFRGS. O ato, que teve início às 14 horas, reuniu servidores e estudantes com o objetivo de expressar sua insatisfação em relação à postura omissa da reitoria interventora diante dos últimos acontecimentos decorrentes do apagão no Vale. Os manifestantes exigiram transparência, responsabilização e ações concretas por parte das autoridades competentes para resolver os problemas decorrentes do apagão e prevenir sua recorrência.

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