MP 873, sobre mensalidade sindical: Maia se compromete com nova redação

As centrais sindicais foram recebidas no dia 02 de abril pelo presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia. O parlamentar reconhece que a Medida Provisória 873 editada pelo governo Bolsonaro é um mecanismo para impedir a organização sindical e, apesar das diferenças que ele tem com o movimento, considera que essa medida não é nada razoável para um país que se quer democrático.

O presidente da Câmara se comprometeu a articular com líderes de bancadas o apoio a um texto alternativo, que exclua a exigência de boletos bancários para o trabalhador fazer sua contribuição ao sindicato. Uma nova reunião de Maia com as Centrais Sindicais ficou marcada para o próximo 16 de abril.

“A MP 873 é uma tentativa do governo da extrema direita de asfixiar o movimento sindical e nos impedir de lutar contra a deforma da previdência”. afirma Edson Carneiro Índio, Secretário Geral da Intersindical. “Diversas entidades já estão sem o repasse da mensalidade associativa e outras com dificuldades para ter acesso ao recurso que os trabalhadores decidiram, democraticamente em assembleia, repassar ao sindicato para financiar as lutas”, conclui Índio.

Cabe lembrar que os sindicatos têm conseguido decisões favoráveis nas instâncias inferiores do judiciário, mas ê necessário encontrar uma solução política duradoura para a ação arbitrária e inaceitável do governo da extrema direita.

OIT e centrais se reúnem
Antes da reunião com o presidente da Câmara, dirigentes das centrais sindicais se reuniram com o Diretor Geral da Organização Internacional do Trabalho Martin Han. As entidades expuseram ao dirigente da OIT as diversas iniciativas do governo que ferem o direito constitucional de organização sindical da classe trabalhadora. Nessa reunião com a OIT, nossa Central foi representada pelo companheiro Alexandre Caso, da Direção Nacional da Intersindical, que expôs à OIT nossas preocupações com a escalada autoritária que está em curso no Brasil.

Fonte: Intersindical