Interventor Bulhões recua parcialmente e reestabelece pró-reitorias

De acordo com as publicações de hoje no Diário Oficial da União, o interventor Bulhões recuou em sua reestruturação das pró-reitorias da UFRGS. Retornaram ao status anterior a pró-reitoria de Pesquisa e a pró-reitoria de Extensão, antes unificadas. Foi ainda recriada a Secretaria de Educação a Distância, assim como a Coordenadoria de Ações Afirmativas (CAF) não está mais subordinada à PRAE.

Esses recuos decorrem da pressão da comunidade universitária, mobilizada pela Assufrgs, DCE, APG e Andes, e pela autoconvocação do CONSUN para discutir as alterações na estrutura administrativa da Universidade. A reestruturação estava em flagrante conflito com o regimento da UFRGS e com decisões do Consun, órgão máximo da Universidade.

Mesmo com essa “volta atrás”, algumas mudanças podem ainda ser identificadas pelas nomeações publicadas no DOU, como a criação de uma Superintendência de Gestão de Pessoas. O reitor não apresentou essas alterações ao Consun, instância a quem compete criar e extinguir órgãos internos, o que as torna irregular.

CPD – A sanha intervencionista de Bulhões agora mira o Centro de Processamento de Dados (CPD), cujos colegas técnico-administrativos haviam eleito para seu diretor o analista de TI Thiago Motta. Tradicionalmente, o eleito pelos servidores do CPD é nomeado pelo reitor. Mas no Diário Oficial de hoje foi nomeado o professor Valter Roesler como diretor do CPD, uma afronta ao pouco de democracia interna que já conquistamos na UFRGS. Confira a carta aberta dos trabalhadores e bolsistas do CPD. Clique aqui para assinar o formulário em apoio à manifestação da comunidade do CPD.

A ASSUFRGS repudia a intervenção na Universidade e reitera nosso compromisso com a luta pela autonomia, pela democracia,  pelo respeito à comunidade universitária e em defesa da Universidade pública, gratuita, de qualidade, inclusiva e popular.