Corte de verba ameaça parar 29 Institutos Federais

O orçamento do governo federal para 2021 prevê corte de 18,2% no valor destinado às entidades para despesas discricionárias, o que significa R$ 1 bilhão a menos nas contas das universidades e institutos federais. Pesquisa, extensão, assistência a alunos e até contas de energia e água são citadas como as áreas a serem afetadas.

Para os Instituos Federais a situação é ainda mais grave. Levantamento do próprio MEC informa que 29 Institutos Federais de todo o país fecharão as portas, caso o corte no orçamento do próximo ano seja mantido.

O IFRS informa que o corte está previsto em 19,49%, impactando uma projeção já reduzida do orçamento para 2021: são R$ 48,13 milhões previstos, o menor valor desde 2012. Se o corte for concretizado, serão R$ 11,63 milhões a menos nas contas do instituto. Por outro lado, os 17 campi do IFRS reúnem o maior número de alunos no mesmo período: mais de 24 mil.

“Nas universidades a redução foi linear, de 18,2%. Porém, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) aplicou um critério diferente para distribuição do orçamento da Assistência Estudantil e de investimento, o que fez com que o valor da redução variasse entre as instituições”, explicou a instituição.

A ASSUFRG, em Plenária Nacional da Fasubra, entre 15 e 19 de outubro, ressaltou a importância da federação para pressionar o governo federal, contra os cortes no MEC, com atenção especial aos Institutos Federais, muitos ainda em expansão, e que agora ficam ameaçados para o próximo período. A ASSUFRGS propôs que a federação organize uma reunião dos sindicatos que tenham TAEs dos Institutos Federais em sua base . Objetivo é debater o enfrentamento da categoria contra os cortes no orçamento dos IFs.

Foto em destaque: IFRS Restinga