CONSUN UFRGS aprova moção de repúdio contra retirada de faixa da ASSUFRGS no Ceclimar/CLN

Nesta semana, a ASSUFRGS fixou faixas contra a PEC 32/2020 da Reforma Administrativa em frente a diversos campi da base do sindicato. Para surpresa da categoria, os diretores do Ceclimar gravaram um vídeo arrancando o material do sindicato, em um claro gesto de censura.

A reunião do CONSUN UFRGS desta sexta-feira (05) teve um intenso debate sobre a atitude da direção do Ceclimar, ao arrancar a faixa da ASSUFRGS, que estava fixada em frente ao órgão auxiliar do Campus Litoral Norte. A faixa fazia uma denuncia dos ataques do governo Bolsonaro aos serviços públicos, defendendo o SUS, a educação pública e os direitos da categoria, que foram conquistados com muita luta.

Confira a denúncia da Coordenadora da ASSUFRGS, Tamyres Filgueira:

Seguido ao ato de censura ao sindicato, diversas postagens surgiram em grupos bolsonaristas, replicando fotos da Coordenadora da ASSUFRGS, com ameaças e pedidos de prisão. Diversos conselheiros do CONSUN UFRGS se solidarizaram com Tamyres e a ASSUFRGS. No Conselho foi tirada uma reunião, convocada pela reitoria, com a ASSUFRGS, direções do CLN e Ceclimar. A ASSUFRGS solicitou que a reunião seja aberta para toda a comunidade universitária do litoral. Além disso, foi aprovada pelo conselho a seguinte moção:

“O Conselho Universitário repudia a ação de retirada da faixa da campanha da Assufrgs Sindicato contra a reforma administrativa e a PEC 186, em defesa dos serviços públicos e em defesa da universidade, pela Direção do Ceclimar, órgão auxiliar do Campus Litoral Norte. Essa atitude acena para a prática de censura, de triste lembrança na história brasileira, quando as universidades e o pensamento crítico foram silenciados pela ditadura militar.

Solidarizamo-nos também com a servidora Tamyres Filgueira, coordenadora da Assufrgs Sindicato que teve seu nome e imagem expostos nas redes sociais de grupos políticos, os quais pedem sua prisão por ter afixado a referida faixa.

É inaceitável que a universidade seja palco de cerceamento a liberdade de expressão ainda mais quando a campanha é justamente em defesa da universidade que vem sistematicamente sendo atacada pelo atual governo federal. A universidade não irá se curvar diante da pressão de grupos que atentam contra a democracia, o pensamento crítico e a liberdade de expressão. O ambiente acadêmico é o lugar da pluralidade de ideia e do pensamento crítico e não coaduna com pensamentos autoritários, preconceituosos e violentos.”

A Seção Sindical ANDES/UFRGS também se solidarizou com o sindicato e repudiou, nas redes sociais do sindicato, o ocorrido.