ASSUFRGS terá reuniões nas unidades e CR ampliado para debater protocolo de retorno gradual das atividades presenciais

Com o objetivo de democratizar o debate sobre as diretrizes para um retorno gradual e seguro às atividades presenciais na UFRGS, UFCSPA e IFRS, a Coordenação da ASSUFRGS, junto à Coordenação do Conselho de Representantes, inicia a preparação de uma série de reuniões na base do sindicato. Esses debates culminarão em um Conselho de Representantes ampliado, com indicativo de realização na primeira semana de novembro. Sem precipitar um possível retorno presencial, o debate amplo na base servirá para ouvir a categoria, considerando que muitos colegas já enfrentam o trabalho presencial, sendo necessário avançar numa organização coletiva para um retorno em segurança.

Os debates deverão ser feitos por unidade ou campi (no caso do IFRS e da UFCSPA). Sugere-se a eleição de até dois representantes, que trarão as deliberações dos colegas para o CR ampliado. Esses representantes podem ser tanto o representante e suplente já eleitos para o CR, quanto colegas eleitos especialmente para este fim.

Reuniões das unidades devem ser articuladas junto aos representantes de cada unidade ou solicitando através do e-mail: secretaria@assufrgs.org.br

Após a rodada de debates nas unidades e campi, o CR ampliado irá debater sobre as diferentes propostas levantadas na base e consolidar o entendimento comum da categoria em um documento único. O CR ampliado irá ocorrer no dia 28 de outubro, às 15h30min.

Além disso, serão organizadas reuniões específicas com os TAES que trabalham em Laboratórios, Bibliotecas e em Manutenção para tratar das demandas específicas desses ambientes de trabalho.

Formulário para registar os principais encaminhamentos das reuniões de unidade

Confira abaixo o documento elaborado pela Coordenação da ASSUFRGS, enviado ao Conselho de Representantes, e que dá início ao amplo debate que será realizado nas próximas semanas:

Retomada Gradual das atividades na base da ASSUFRGS

Os servidores das UFRGS, UFCSPA, IFRS e trabalhadores terceirizados que fazem parte da comunidade acadêmica dessas instituições estarão com o esquema vacinal completo provavelmente em setembro/2021. O cenário do estado do RS inclui o aumento gradual da porcentagem da população completamente vacinada, com a primeira dose para pessoas acima de 18 anos também em set/2021, o que contempla muitos dos estudantes das instituições federais.

Diante desse panorama, podemos pensar em discutir a retomada gradual e escalonada de algumas atividades presenciais, desde que sejam pontuais e específicas. É fundamental nesse momento contribuir na construção de protocolos que respeitem a saúde e a vida de todos e todas para a possibilidade de volta gradual e segura da mesma forma como contribuímos todo esse tempo com nosso isolamento, nossa água, nossa luz, nosso computador e nosso trabalho. 

E, pensando na volta gradual, é imperativo ter um protocolo sanitário adequado para cada unidade e setor específico das universidades e esse protocolo deve conter no mínimo:

  • Mapa de saúde dos trabalhadores que inclua o controle de quem se vacinou e a notificação para quem ainda não foi se vacinar. Mapear também os trabalhadores com comorbidade, mesmo vacinados, deverão ser os últimos a voltar efetivamente ao trabalho presencial.
  • Não controle de freqüência através do ponto eletrônico/biométrico, que não contempla os servidores da universidade principalmente nessa situação atípica.
  • Jornada presencial reduzida (até 6h diárias) para reduzir exposição, economizar energia, evitando lotação dos ambientes e evitando intervalo de refeição. Cumprimento do restante da carga horária semanal em caráter remoto. 
  • Controle populacional dos espaços, de acordo no mínimo com as normas legais vigentes no RS (norma dos 3As de monitoramento: aviso, alerta e ação).
  • Monitoramento constante do cenário e seus desdobramentos no contexto da UFRGS, fazendo, portanto, uma revisão constante dos protocolos.
  • Gestão integrada levada a efeito pelos três segmentos da comunidade acadêmica, discentes, técnico-administrativos em educação e docentes, considerando a preservação também dos trabalhadores terceirizados.
  •  Estabelecer protocolo com a equipe de trabalhadores que integram o setor de forma conjunta e democrática, com critérios de funcionamento para a especificidade de cada setor, inclusive com critérios de flexibilização e escalas de funcionamento dos setores.
  • Estabelecer critérios específicos de higienização levando em conta esse momento excepcional pandêmico.
  • Manter disponível para os trabalhadores EPIs comuns para esse momento, sendo essencial disponibilizar máscaras e álcool gel, exigindo o uso sistemático desses por toda a comunidade acadêmica durante o período de permanência nas dependências da universidade, inclusive áreas externas.
  • Ter um sistema de informação rápida e afastamento de casos suspeitos de COVID-19.
  • Protocolos especiais no caso de atendimento ao público.
  • Sistema de escalas e limites para a ocupação dos espaços.
  • Divulgação ampla do protocolo, cartazes visíveis declarando teto de ocupação máxima dos ambientes.

Não podemos esquecer que está em debate em todas as instituições da base da ASSUFRGS a IN65 (teletrabalho) e em votação a PEC32. Temos um governo federal que desvaloriza o funcionalismo público como um todo e servidores das universidades em especial. Em que pese essa conjuntura, é importante ocupar os espaços de discussão.