Dia Internacional das Mulheres: A luta por um Brasil sem machismo, racismo, fome e sem Bolsonaro!

O mês de março é marcado pelo Dia Internacional da Mulher, que este ano chega com mais desafios considerando a desigualdade social, de gênero e racial ampliada pela pandemia. A luta pela vida das mulheres continua a mesma desde 1917, quando ocorreu a histórica mobilização de mulheres revolucionárias russas no dia 8 de março. Desde então, nós seguimos reivindicando contra a exploração e opressão. Lutando a favor de uma existência digna, com salários dignos, assistência, moradia, comida em nossas mesas e segurança pelas nossas vidas.

A violência contra as mulheres e meninas aumenta a cada dia, pois o discurso de ódio de Bolsonaro se espalha e nos faz alvo preferencial dos machistas, racistas e LGBTQIA+fóbicos. No Brasil, uma mulher é assassinada a cada duas horas, sendo 66% destas mulheres negras. Também somos o país que mais mata mulheres trans e travestis no mundo. A violência contra as mulheres com deficiência cresceu 67,9% durante a pandemia*. A violência obstétrica ou seja, todos os tipos de violências que ocorrem no pré-natal, parto, pós-parto e aborto – atinge uma em cada quatro mulheres no nosso país; dessas, 65,9% são negras. Frente a tantas violências, bradamos: não somos números, somos vidas!

Ademais, a taxa de desemprego entre as mulheres bateu recorde no ano passado chegando a 16,8%, sendo que, para as mulheres negras, essa taxa foi de 19,8%*, segundo o Dieese. O número de mulheres desempregadas no nosso país já chega a 8,6 milhões. Quase 51 milhões de pessoas** viveram abaixo da linha da pobreza nos últimos dois anos e mais de 10 milhões passam fome.

A luta pela derrubada de Bolsonaro do poder é uma luta feminista, anti-imperialista, democrática, antirracista e antiLGBTQIA+fóbica. É uma luta em defesa da vida das mulheres, contra a fome, a carestia, a violência, pela saúde, pelos nossos direitos sexuais, direitos reprodutivos e pela justiça reprodutiva. É uma luta em defesa do SUS e dos serviços públicos, gratuitos e de qualidade. É uma luta com a maioria que tem sofrido com a fome, com a perda de seus entes queridos, com a violência e com o desemprego. Reafirmamos o feminismo como caminho para a auto-organização das mulheres, em aliança com os movimentos sociais, na resistência e construção de uma sociedade justa e igualitária.

Somos milhões e de todos os cantos deste país! Nós nunca saímos das ruas contra Bolsonaro e nelas continuaremos em defesa das nossas vidas. Por isso gritamos: BOLSONARO NUNCA MAIS!

Com informações de Manifesto 8M Nacional.