Ditadura militar deixou legado de pobreza, perseguição e mortes. Ditadura nunca mais!

Manifestamos repúdio às recorrentes tentativas de se reescrever a história brasileira ao ‘celebrar’ o golpe militar ocorrido em 31 de março de 1964! O regime autoritário imposto pelos militares ceifou vidas, cerca de 434 pessoas foram mortas, mais de 20 mil cidadãos e cidadãs brasileiras torturadas, além da perseguição e do afastamento da vida pública de quase cinco mil representantes políticos em todo país. A censura imposta a estudantes, jornalistas, artistas e intelectuais deixou cicatrizes profundas nas instituições e na sociedade brasileiras.

A DITADURA MILITAR FOI UMA MÁQUINA DE DESIGUALDADE! O tal “milagre econômico” se perdeu com a perda do poder de compra do salário mínimo: em março de 1964 era o equivalente a R$ 1,2 mil, mas ao final do regime, em 1985, o salário mínimo era de R$ 620, em valores atualizados. Essa é uma evidência de algumas políticas nefastas do regime, como o imposto inflacionário e a política de arrochos salariais, ambos determinados centralmente pelo governo. O aumento da desigualdade que ocorreu durante o regime militar foi fruto de políticas para conter a inflação que, entre 1964 e 1984, foi em média de 64,5% ao ano. Não à toa, em 1965, a fração recebida pelo 1% mais rico era cerca de 10% do bolo total. Somente três anos depois, após medidas adotadas pela ditadura militar que causaram concentração de renda, a cifra já era de 16%. Além disso, 70% dos trabalhadores não tiveram qualquer ganho relevante com o crescimento da renda entre 1960 e 1970.

O período recente da história brasileira tem sido marcado por ataques à democracia e às instituições com perseguição de opositores e vozes dissidentes. Todos os pilares democráticos estabelecidos pela Constituição Federal de 1988 vêm sendo ampla e gravemente atacados pelo atual governo federal ao longo dos últimos três anos, sendo o processo eleitoral um alvo recorrente e primordial de tais investidas.

Não esqueceremos, para que nunca mais aconteça! Ditadura nunca mais! #ditaduranuncamais

Com informações do Pacto Pela Democracia