Governo Bolsonaro torra R$ 175 bi com desmonte e venda de ativos da Petrobrás

O governo acelerou a entrega dos ativos da Petrobrás atingindo o montante de R$ 175 bilhões de um total de R$ 280,4 bilhões desde a implementação do plano de “desinvestimento”. O desmonte da Petrobrás, com a venda de campos, refinarias, BR Distribuidora, Gaspetro, Liquigás e gasodutos por Bolsonaro corresponde a 62,4% do total alienado.

Desde o início das privatizações, há sete anos foram entregues 67 ativos da estatal, sendo a maioria (40%) do setor de Exploração e Produção de petróleo (E&P), segundo o Privatômetro do Observatório Social do Petróleo (OSP) da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). No levantamento, 78% foram entregues aos estrangeiros, sendo o Canadá o que ficou com o maior naco com 21,6% dos bens arrematados.

Os dados do Privatômetro se baseiam no relatório de desempenho financeiro do segundo trimestre deste ano, divulgado no último dia 28, pela Petrobrás. Os valores em reais apresentados já estão deflacionados, considerando o câmbio e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para junho de 2022.

Entre abril e junho desta ano o entreguismo acelerou. O governo vendeu o campo de Albacora Leste, na Bacia de Campos, por R$ 11,4 bilhões; os polos Golfinho e Camarupim, na Bacia do Espírito Santo, por R$ 391 milhões; e a Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), no Ceará, por R$ 177 milhões.

Antes da Lubnor, entregou a Refinaria landulpho Alves na Bahia para o fundo Mubadala dos Emirados Árabes e às vésperas das eleições recolocou à venda mais três refinarias (Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e Alberto Pasqualini (Refap) no Rio Grande do Sul, do total de 8 que anunciou privatizar no início de seu desgoverno.

Com Bolsonaro torrando patrimônio público e impondo preços dolarizados na gasolina, no diesel, no gás de cozinha, etc, aos consumidores brasileiros, donos do petróleo, a Petrobrás teve um lucro de R$ 54,3 bilhões no segundo trimestre deste ano. Nenhum tostão desse lucro será reinvestido no desenvolvimento da empresa e em benefício do Brasil e de seu povo. Em manobras internas orientadas pelo governo, a estatal vai pagar dividendo recorde no valor de R$ 87,8 bilhões aos acionistas, maioria estrangeiros.

Com informações a Hora do Povo

Fonte: AEPET