Camilo Santana assume MEC e promete fortalecer autonomia das universidades

O novo ministro da Educação, Camilo Santana, tomou posse nessa segunda-feira (02). Em sua cerimônia, ele disse que buscará fortalecer a autonomia das universidades públicas e aumentar os recursos disponíveis, que, em sua avaliação, foram estrangulados por questões ideológicas no Governo Bolsonaro.

“Se por um lado precisamos de um grande pacto nacional de educação básica, precisamos fortalecer o Ensino superior. Pretendo reforçar o orçamento das nossas universidades, que foram sucateadas no último governo, com uma visão equivocada, distorcida, de viés ideológico. A universidade precisa ser um espaço democrático, livre, que estimule a criatividade, a liberdade de expressão e um olhar mais solidário e humano”, afirmou o novo Ministro da Educação.

Segundo o novo ministro, a educação brasileira foi tratada como “subproduto” na gestão anterior. “Vivemos recentemente tempos muito sombrios, onde o Brasil foi violentamente negligenciado nas suas mais importantes áreas. E a educação, sem dúvida, foi uma das mais atingidas”.

Segundo o ministro, a alfabetização na idade certa será “prioridade absoluta” para o país. “A última avaliação feita pelo Saeb mostra que apenas uma em cada três crianças é alfabetizada na idade certa neste país. Ou seja: a maioria é analfabeta dentro da própria escola, o que provoca graves repercussões na sequência da vida dessas crianças”, disse.

Quais promessas foram feitas pelo novo ministro?

  • Priorizar a alfabetização na idade certa;
  • Aumentar o número de escolas em tempo integral;
  • Estudo para retomada de todas as obras de creche e escolas, que estão paralisadas por falta de repasses de recurso federal;
  • Plano para recuperar a qualidade da merenda;
  • Recuperar a credibilidade do Enem –prova registrou queda no número de inscritos nos últimos anos e sofreu supostas tentativas de interferência;
  • Plano de retomada do Fies e Prouni
  • Mais investimentos em ciência e tecnologia;
  • Fortalecimento da autonomia das universidades;
  • Melhorar orçamento.

No final de seu discurso, Camilo citou uma frase do educador Paulo Freire (1921-1997), alvo de críticas na gestão passada. “Encerro com uma frase de Paulo Freire, que inspirou tantas e tantos educadores nesse país: ‘ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho, os homens se libertam em comunhão’. Muito obrigado e vamos ao trabalho”.

Com informações do G1, Poder 360, UOL, TV Brasil e Gazeta Brasil

Foto: Luis Fortes/MEC