CNSC: governo estipula finalizar trabalhos da reestruturação da carreira em julho, para inclusão na LOA 2025

A 3ª reunião da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (CNSC) ocorreu nesta quinta-feira (29), na sede do Ministério da Educação em Brasília. Foi o primeiro encontro que contou com integrantes do Ministério da Gestão e da Inovação (MGI), uma solicitação da categoria.

Segundo os representantes da FASUBRA na CNSC, o encontro foi produtivo. O governo estipulou que o grupo finalizará os trabalhos sobre a reestruturação da carreira no máximo até o mês de julho, para que a proposta seja incluída na PLOA de 2025, em agosto. Segundo a representação da FASUBRA, os representantes sindicais na CNSC informaram que o grupo de trabalho sobre a reestruturação da carreira está fazendo um esforço para apresentar a proposta final em 45 dias.

Para a ASSUFRGS Sindicato, o governo segue com dificuldades de entender a gravidade da situação da carreira TAE, fundamental para a educação pública do país. Estamos em Mesa de Negociação Específica com o MEC, debatendo a carreira junto ao governo Lula desde o ano passado. Enquanto outras carreiras já foram reestruturadas ou tiveram reajustes salariais robustos, como a PF e a PRF, os TAEs seguem sem nenhum retorno do governo Lula. Onde está a prioridade com a educação pública? Exigimos uma reestruturação ainda em 2024! Rumo à greve!

No final da tarde, a FASUBRA foi convidada para uma reunião com o Ministro da Educação, Camilo Santana. Foram apresentadas as demandas da categoria, incluindo aquelas represadas dos acordos de 2012 e 2015. Foi sinalizado ao ministro o indicativo de greve no dia 11 de março. Camilo mostrou-se preocupado com o movimento grevista e pediu um prazo de 30 dias. Disse que tentará uma solução, procurando pessoalmente a Ministra da Gestão, Esther Dweck e o próprio presidente Lula. Informou que na semana que vem terá uma reunião com o Ministro da Economia, Fernando Haddad.

Os representantes da CNSC explicaram ao ministro da educação que não estavam ali como comissão de negociação, mas que levariam o pedido dele à direção da Fasubra, para que encaminhasse para discussão nas bases. Foi solicitado ao ministro Camilo que intermediasse uma reunião entre Fasubra e a ministra Esther para apresentação das demandas de reestruturação da carreira.