ASSUFRGS participa do lançamento das Frentes Parlamentares Contra os Juros Abusivos e pela Auditoria da Dívida Pública

A ASSUFRGS Sindicato participou nesta terça-feira (19), do lançamento das Frentes Parlamentares Contra o Juros Abusivos e pela Auditoria da Dívida Pública, no Plenário 2 da Câmara dos Deputados. O sindicato, que possui cadeira no Conselho Nacional da ACD, foi representado no evento por Berna Menezes.

Os trabalhos foram conduzidos pela deputada federal Fernanda Melchiona (PSOL-RS) e pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ). A Mesa Diretora do evento também contou com a presença da fundadora do movimento Auditoria Cidadã da Dívida Pública e ex-servidora da RFB, Maria Lúcia Fattorelli. O Plenário ficou perto de sua lotação máxima com a grande presença de parlamentares, representantes da sociedade civil e entidades sindicais que uniformemente manifestaram seu contentamento com a criação da Frente. 

Para Berna Menezes, é necessário, que a partir da criação das frentes parlamentares sobre este tema, se coloque em curso um novo projeto de país, que está sendo barrado pelo Congresso Nacional. “Nós temos um trabalho grande pela frente. Nós da ASSUFRGS temos o prazer de participar desse processo e continuar participando. Precisamos traduzir o que significam os juros, para aquela dona de casa que tem os seus filhos, que não vão ter futuro.”

“Eu fiquei muito contente com o discurso do Lula na ONU, muito contente. Só queria trazer aquele Brasil da ONU, pra cá. Lutar contra a desigualdade não é achatar os setores médios, como nós servidores públicos, para garantir políticas sociais de mitigação. Por que não pode ser que um país que é o terceiro maior produtor de alimentos conviva com a fome. O modelo de achatar a classe média e não tocar nos super ricos não tem saída. Por isso muito importante o papel dessa comissão. Estamos em um impasse. O Brasil é o país do futuro, olhando pro passado. Com isenções de empresas que representam o passado, enquanto temos uma biodiversidade fantásticas, podemos ter um projeto de país que revolucione esse mundo, defenda o planeta e a humanidade. Mas esse projeto está travado! E essa trava está dentro do Congresso Nacional. E se nós não formos para a rua, para romper essa trava, nós não mudamos esse país. Eu lutei muito! Nosso sindicato, inclusive teve a Polícia Federal lá dentro, pois fomos proibidos de fazer campanha eleitoral. Fizemos panfletos contra Bolsonaro, outdoor, busdoor, colocamos aviãozinho sobrevoando as motociatas deles, e elegemos Lula pra fazer diferente. E essa é nossa confiança que nós temos para mudar esse país”, finalizou Berna.

A deputada Fernanda Melchiona descreveu a dificuldade de se conseguir as mais de 200 assinaturas que a criação da Frente. Segundo dados apresentados pela parlamentar, “o país vive um cenário de juros escorchantes que em 2022 retirou cerca de R$ 1,8 trilhão do orçamento público para o pagamento de juros”. Isso representaria 16 vezes o total investido em educação.

O deputado Lindbergh Farias ressaltou que a taxa básica de juros brasileira, hoje em 13,25%, é a maior praticada no mundo e que a segunda maior (México, 4%) não chega a um terço da taxa praticada no Brasil. Segundo ele, não adianta apenas focar em políticas públicas e o governo precisa enfrentar o problema dos altos juros e do sistema tributário extremamente regressivo, cujo impacto maior se faz sentir nas camadas mais pobres da população.

Maria Lúcia Fattorelli declarou que o uso juros para o controle da inflação, na nossa economia, é uma mentira e que manter a taxa em um patamar acima do necessário é um “roubo” à população brasileira. Ela também comemorou o alto número de parlamentares que assinaram a proposta de criação da Frente, além de agradecer o apoio que as entidades da sociedade civil sempre deram ao movimento Auditoria Cidadã da Dívida Pública. Fattorelli disse que a contrapartida será o papel central que essas entidades terão nas próximas reuniões da frente.

Galeria de Fotos

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Assista ao lançamento das Frentes Parlamentares:

Fotos: Anfip

Com informações do SindiReceitas e ACD