Desemprego no Brasil atinge menor taxa desde 2014, aponta IBGE

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que a taxa anual de desocupação no Brasil foi de 7,8% em 2023, representando uma queda significativa em comparação com anos anteriores. Esse número é 1,8 ponto percentual menor do que a média de 2022, que foi de 9,6%.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que abrange tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal, desde os empregos com carteira assinada até os populares bicos.

O ano de 2023, marcado pelo início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apresentou um desempenho econômico acima do esperado, especialmente no primeiro semestre, impulsionado pela safra agrícola.

Apesar dessa melhoria, ainda há desafios a serem enfrentados. A população desocupada no ano totalizou 8,5 milhões de pessoas, indicando uma queda de 1,8 milhões (-17,6%) em relação a 2022. No entanto, é importante notar que esse contingente ainda está 26,7% acima do menor nível da série histórica, atingido em 2014.

Enquanto isso, o número de empregados com carteira de trabalho registrou um aumento significativo de 5,8%, alcançando 37,7 milhões de pessoas, o que representa a média mais alta desde 2012. Por outro lado, a estimativa anual de empregados sem carteira assinada no setor privado também cresceu, chegando a 13,4 milhões de pessoas em 2023, um aumento de 5,9% em relação ao ano anterior.

Setores como Informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, bem como serviços domésticos, transporte, correio, alojamento e alimentação, demonstraram um crescimento significativo na população ocupada. Por outro lado, a agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura apresentaram uma queda percentual de 4,2%.

Ainda assim, esses dados mostram um cenário mais otimista em relação ao emprego no país, indicando uma tendência de melhoria que precisa ser sustentada e ampliada nos próximos anos.

Fonte: Folha de São Paulo/IBGE.
Imagem: Ana Rayssa/CB/D.A Press