9 de junho: estudantes e trabalhadores se unem contra os cortes na educação e ocupam as ruas de Porto Alegre

No Rio Grande do Sul, o Dia Nacional em Defesa da Educação, iniciou com mobilizações em diferentes campi do IFRS. Pela manhã foi registrada concentração em frente ao Campus Osório e passeata pelas ruas da cidade. Por volta das 15h, em frente ao Campus Porto Alegre do IFRS, estiveram reunidos estudantes e trabalhadores de diversos campi, como Alvorada, Canoas, Restinga e Viamão. Nas faixas, estudantes expressaram suas indignações em relação aos cortes de verbas e pediam por uma educação pública e de qualidade em frente “à sinaleira: “Pelas liberdades democráticas em defesa do serviço público.” e “Tira a mão da federal” foram algumas das reivindicações escritas. Aos gritos, servidores e alunos exigiam a valorização dos institutos federais e o movimento unificado entre as duas classes fez barulho pelo Fora Bolsonaro.

Tamyres Filgueira, Coordenadora-geral Licenciada da ASSUFRGS, lembrou da tentativa do governo de implementar cobranças de mensalidades aos Institutos Federais e às Universidades Públicas. “Foi a força da nossa mobilização que fez com que o governo voltasse atrás, mas não é só a educação que ele ataca, são todos os nossos direitos, hoje está difícil de sobreviver nesse país, mais da metade da população desse país está passando fome e é por isso que estamos aqui, para dizer chega de fome, chega de desemprego, nós queremos estudar e ter uma perspectiva de vida no futuro!

Nadiana Pohl, Técnica Administrativa do IFRS Restinga, estava presente e deixou sua fala durante a manifestação: “Estamos terminando o nosso ato protagonizado pelos estudantes de diversos campi do IFRS. Nós, servidores, estudantes, e demais entidades estamos nos encaminhando para a FACED. Rumo a concretização do ato nacional em defesa da educação, FORA BOLSONARO!”

Ao final do ato no Centro Histórico, todos presentes se encaminharam em uma passeata em direção à Faculdade de Educação da UFRGS (FACED), onde iniciou a concentração do Ato em Defesa da Educação, que reuniu um número ainda maior de estudantes e servidores.

Na Faced

Reunindo estudantes do IFRS, UFCSPA e UFRGS, em frente à Faced, a concentração do Ato Nacional em Defesa da Educação iniciou às 17h. Estudantes e trabalhadores expressavam palavras de ordem como “Unificou, é o estudante junto com o trabalhador!”

Às 18h, abriram espaço para falas de representantes dos movimentos sindicais e estudantis. Ressaltaram a importância de se mobilizar contra os cortes bilionários no setor da educação, e da necessidade de se manter vigilante aos movimentos políticos que visam não só precarizar como elitizar o ensino público. Laryssa Fontoura, representante do DCE da UFRGS expressou a importância do ato unificado. “Bolsonaro vem tratando cada vez mais a nossa educação como mercadoria e é importante a gente tá retomando o movimento estudantil combativo à esses ataques como a PEC206 e os cortes na educação, a nossa luta é constante, não tem um ano em que não tenhamos que nos mobilizar contra esses ataques e vamos seguir!”

Loiva de Oliveira, representante do Andes/UFRGS, manifestou o repúdio à política de cortes, “Esses cortes significam o retrocesso e a manutenção de privilégios nas mãos de poucos, porque não se quer estudantes da classe trabalhadora na universidade, não se quer a educação como política pública e de direito, não se quer mudanças estruturais nesse país, que só a educação pode fazer. A nossa luta é pela revogação da PEC95 e pela manutenção da política de cotas em defesa das ações afirmativas de permanência estudantil!”

Ao final das falas, a manifestação iniciou uma caminhada saindo pela R. Sarmento Leite, passando pela Av. Loureiro da Silva, até a Av. Borges de Medeiros, dobrando na R. das Andradas e se encerrando em frente ao Instituto de Artes da UFRGS.

No encerramento do ato, Giovana Pozzi, Coordenadora Geral do Centro Acadêmico do Teatro da UFRGS (CADi) denunciou os abusos que estudantes das artes vem enfrentando.Nós realizamos essa mobilização, e o Bulhões e essa reitoria interventora do Bolsonaro, perseguiu e criminalizou a mobilização dos estudantes e servidores, entrando na justiça, essa justiça reacionária, que está sempre contra os estudantes e os servidores que aqui trabalham!” E ao final, Giovanna deixou um recado claro à reitoria da Universidade: “A gente não vai parar! Espaço pra Artes Já!

Confira abaixo os registro do ato em Porto Alegre

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Galeria de Fotos – Caminhada Unitária

Galeria de Fotos – Ato IFRS PoA

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